O ano era 1988 e Dormentes apenas um Distrito do município de Petrolina. Embora distante da sede, nas eleições daquele ano os dormentenses mostraram sua força e elegeram com folga dois representantes para o legislativo, para o quadriênio 1989-1992. Aquele pleito já esboçava um rascunho do que seriam as eleições seguintes em Dormentes.
José Olimpio era um político consolidado, possuía uma base eleitoral, estava indo para o terceiro mandato, já que havia sido eleito vereador nas eleições de 1976 e 1982 e estava buscando seu terceiro mandato. Geomarco Coelho, um jovem de 22 anos, estava apenas começando a sua história política.
José Olímpio fazia parte do antigo PFL, hoje, Democratas, e tinha como candidato a prefeito pelo mesmo partido, Guilherme Coelho. Já Geomarco era filado ao antigo PMDB, hoje, MDB, que tinha Diniz Cavalcanti como candidato a prefeito pelo mesmo partido. No pleito haviam mais dois candidatos ao executivo, Joaquim Florêncio Coelho (PSB) e Assunção de Castro (PDT), os dois obtiveram votações bem pequenas, ambos com pouco mais de 2%. A briga mesmo era entre Guilherme Coelho e Diniz Cavalcanti.
O número de candidatos ao legislativo ultrapassava de 150, brigando por apenas 16 cadeiras. Após a votação Guilherme Coelho derrotou Diniz Cavalcanti, em uma eleição muito apertada, com uma diferença de apenas 1,61%.
Os representantes de Dormentes receberam votações expressivas sendo eleitos: Zé Olímpio como o segundo mais bem votado, com 1962 votos, e Geomarco o quarto mais bem votado com 1312 votos.
Dormentes mostrou nas urnas a sua veia independente, elegendo seus dois representantes, o que resultaria em uma junção de forças para lutar pela sua emancipação política. O que aconteceu três anos mais tarde, no ano de 1991, e no ano de 1992 aconteceu a primeira eleição de Dormentes, que teve como candidatos à prefeitura, Zé Olimpio e Geomarco.
O que aconteceu nas eleições de 1992 contaremos na próxima matéria.