O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (17) que o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) deve sair do território da Embrapa, na cidade de Petrolina, em Pernambuco, invadido pela terceira vez em dois anos. A declaração foi dada à Empresa Brasil de Comunicação.

De acordo com o MST, as áreas estavam improdutivas, ociosas e abandonadas, o que a Embrapa contesta, alegando que utilizava a região como campo experimental, onde há terras agricultáveis e de preservação do bioma caatinga. Paulo Teixeira disse que o MST deve sair da área nos próximos dias, e a pasta assinará um convênio com a Embrapa, em Petrolina, ainda nesta semana, para produção de sementes em parceria com a agricultura familiar da região.

“Nós temos um compromisso de abrir um escritório em Petrolina. O presidente do Incra já anunciou esse compromisso de abrir o escritório do Incra em Petrolina. E, por último, nós também temos um compromisso de assentar famílias no perímetro irrigado para, de uma maneira muito assistida, do ponto de vista técnico, poder integrar esse pessoal na produção de frutas que é tão bem sucedida no perímetro irrigado. Por essa razão, nosso conhecimento é que eles sairão da Embrapa, porque todas as reivindicações já foram atendidas. Mas, em Petrolina, a contribuição da Embrapa é de duas naturezas. A primeira, produção de sementes, e a segunda, assistência técnica para os pequenos”.

Ainda de acordo com o ministro Paulo Teixeira, R$ 530 milhões estão mobilizados para compras de terra, reforma agrária e demarcação. O governo federal pretende assentar cerca de 295 mil famílias até o fim de 2026 através do programa Terra da Gente, lançado na última segunda-feira. O programa tem o objetivo de ajudar na resolução de conflitos agrários no país e contribuir para o aumento da produção de alimentos.