Na terça-feira (28), o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) confirmou quatro amostras positivas para o sorotipo 3 da dengue, sem registro no Estado há mais de 15 anos.
De acordo com a Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), a circulação do tipo da dengue em território nacional já havia sido identificada nos últimos meses. Dessa forma, a chegada em Pernambuco era esperada.
Registrados na cidade do Paulista, os casos fazem parte de uma série de confirmações da doença neste ano. Em Pernambuco, 2.979 casos de dengue, de outros sorotipos, foram informados em 2023.
“É importante salientar que, diferente do Chikungunya e do Zika, que só possuem um sorotipo e infectam as pessoas apenas uma vez, a dengue possui quatro sorotipos diferentes. Um cuidado a mais nesse tipo de circulação é que pessoas que pegaram outros sorotipos, em outras circunstâncias, acabam por ficar mais vulneráveis a desenvolver a dengue em sua forma mais grave”, explicou o diretor geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-PE, Eduardo Bezerra.
Para evitar a disseminação da doença, o Plano de Contingência das Arboviroses do Estado de Pernambuco para o ano de 2024 foi antecipado. Além disso, a diretoria da Vigilância Ambiental destaca que a doença causada pelo mosquito Aedes aegypti pode ter o número reduzido por meio de medidas simples de prevenção.
Entre as ações que podem ser adotadas estão: não juntar entulhos que possam promover o acúmulo de água, realizar a limpeza de vasos, calhas e demais locais usados para o armazenamento de água, como caixas d’água, baldes, garrafas e vasos de plantas, além do uso de repelentes.
Em caso de sintomas como febre e manchas na pele, além de dor nos olhos, conjuntivite, dor no corpo e nas articulações, dores de cabeça ou outra manifestação, o cidadão deverá buscar por atendimento médico. O diagnóstico precoce é considerado fundamental para evitar o agravamento da doença ou um possível óbito. (Folha PE)