A assistência de acusação do Padre Airton Freire, de 67 anos, afirmou, na manhã desta segunda-feira (28), que vai pedir a revogação da prisão domiciliar do religioso, que foi concedida na última quinta (24).
O advogado Rafael Nunes, que assumiu a acusação recentemente, se pronunciou pela primeira vez, durante coletiva de imprensa. Ele alega que Freire tem condições de passar pela prisão preventiva, mesmo ante os problemas de saúde que vem enfrentando.
A decisão foi concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ao analisar um pedido de habeas corpus dos advogados do padre. Na visão de Rafael Nunes, a expedição não foi acertada e nem existe motivação para isso.
“Tenho a certeza de que o juiz não iria decretar uma prisão preventiva se não existisse elementos para isso. Então, quero deixar claro que não se trata de uma acusação isolada. O padre não está solto, o padre está preso. Está preso em um lugar errado. A justiça reconheceu o direito de uma prisão domiciliar. Na nossa visão, não acertou, o Judiciário errou e errou feio. Ele [o padre] tem total condições de estar preso”, ressaltou.
Desde que começou o imbróglio dos processos, o padre Airton passou por procedimentos cirúrgicos, como a troca da válvula aórtica, na qual teve complicações, no último dia 14. Ele também passou pela implantação de um marca-passo, no dia 20.