As exportações de uva e de manga de mesa do Vale do São Francisco devem crescer este ano, segundo estimativas feitas pela Associação dos Produtores e Exportadores de frutas e hortigranjeiros do Vale do São Francisco (Valexport). “A nossa expectativa é de ter uma exportação, na média, 25% maior do que a realizada em 2022, que foi um ano ruim. Este ano, o tempo foi bom e também alguns dos nossos concorrentes foram atingidos pelo El Niño e vão ter menos frutas para vender”, resume o presidente da Valexport, José Gualberto. Quase nada desta produção vai sair por Suape, enquanto o Porto de Pecém vai realizar o primeiro embarque de frutas nesta sexta-feira (25).
O fenômeno climático El Niño provocou muito calor, prejudicando a floração das árvores – em países como Peru, Equador e México -, os principais “concorrentes” da exportação de fruta do Vale do São Francisco para os países da Europa e Estados Unidos. “Este ano, a nossa expectativa é de exportar 270 mil toneladas de manga e 80 mil toneladas de uva de mesa”, afirma Gualberto.
De um modo geral, no ano passado, os produtores do Vale diminuíram as exportações em cerca de 15% -com relação a 2021 – por causa do grande volume de chuvas extemporâneas que atingiram a região. A última safra boa da região foi a de 2021, quando foram exportadas 246 mil toneladas de manga e 75 mil toneladas de uva de mesa. Em 2022, aquela região enviou 211 mil toneladas de manga e 52 mil toneladas de uva de mesa ao exterior. Geralmente, as exportações representam cerca de 20% a 25% da produção total das frutas.