Não é de hoje que o clima de insegurança paira sobre a Rodoviária de Petrolina. O local já foi um dos cartões postais da cidade, mas há décadas vem perdendo espaço para o consumo de drogas e a criminalidade nos arredores, que refletem diretamente na rotina dos passageiros. A vítima mais recente desse cenário é o jornalista Paulo Emílio Gonçalves Moreira.
Residente no Recife, ele tinha passagem comprada para embarcar esta noite (21) para a capital pernambucana, mas foi obrigado a adiar a viagem. Em vez disso, Paulo Emílio teve de prestar um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia de Polícia Civil (PC), depois de ter vários objetos furtados de dentro do ônibus da Empresa Progresso – que faz a linha Petrolina/Recife.
Ao Blog, ele contou ter despachado sua bagagem dentro do ônibus, onde estavam seu notebook, livros e material de trabalho (entre outros itens). Segundo Paulo Emílio, ele deixou seus pertences na cadeira 15 do ônibus 6229, e saiu para pagar uma taxa por excesso de bagagem. Ele acredita que o autor do delito não levou mais do que 4 minutos para levar os objetos. “Ainda corri e me disseram que um rapaz de camisa clara saiu e pegou a mochila”, relatou.
Antes de prestar queixa, o jornalista acionou a Polícia Militar depois de questionar o fato de alguém, sem bilhete, ter conseguido acessar o interior do ônibus. Paulo Emílio não se convenceu dos argumentos dados por um funcionário da Progresso. “Ele ainda teve a capacidade de dizer que aqui é muito comum pessoas subirem pra ajudar. Eu disse: ‘amigo, se alguém subiu sem autorização, não é problema meu. Passa a ser um problema de vocês”, desabafou.