O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o policial militar Jaleson de Santana Freitas, de 37 anos, acusado de feminicídio da namorada, a promotora de vendas Siméia da Silva Nunes, de 33.
O caso
O crime aconteceu no dia 29 de julho, na cidade de Carpina, na Mata Norte do Estado, e foi registrado por câmeras de monitoramento. Siméia da Silva Nunes e Jalesson estavam em um bar quando o policial começou a agressão e desferiu socos e pontapés contra a vítima.
As imagens flagraram o momento em que o policial puxa a mulher pelo cabelo e a arremessa contra o chão. O homem dá chutes em Siméia enquando ela está caída. Ao encontrar um mototaxista, Siméia tenta fugir, mas o policial se aproxima em um carro branco, saca uma arma e atira na direção dela e do mototaxista, atingindo os dois.
A mulher foi ferida no peito com dois disparos. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital. O mototaxista, identificado como José Marcelo Batista Rego, foi alvejado no braço e na perna e também socorrido.
Denúncia
O Ministério Público de Pernambuco denunciou Jaleson de Santana Freitas pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado contra Siméia por motivo fútil; com emprego de meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar perigo comum; à traição de emboscada ou mediante dissimulação que impossibilite ou torne impossível a defesa do ofendido; contra mulher por razões de sua condiçãode sexo feminino (feminicídio).
O policial também foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado contra o mototaxista, por motivo fútil; com emprego de meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar perigo comum, e à traição de emboscada ou mediante dissimulação que impossibilite ou torne impossível a defesa do ofendido, informou o TJPE.