A administração da governadora Raquel Lyra (PSDB) trabalha com a possibilidade de enfrentar sua primeira greve em poucos dias. E logo de uma classe grande e barulhenta: os professores.
A categoria declarou ontem o estado de greve. A decisão aconteceu depois de uma assembleia com os profissionais de Educação de Pernambuco.
Eles reivindicam um aumento de 14,95% para todos os servidores e das servidoras da Secretaria de Educação do Estado.
Os profissionais decidiram ainda que vão pressionar, além da governadora, os deputados estaduais, por entenderem que os parlamentares não vivem um bom momento com Raquel e por isso estarão mais dispostos para o embate ao lado da categoria. Na Alepe, o que se diz é que falta uma agenda política e que a interlocução do atual governo é inexistente.
Na próxima semana deverão acontecer movimentos nas ruas, onde todos esperam receber o apoio da comunidade. Caso as negociações não avancem, a paralisação pode acontecer em breve em todas as escolas de Pernambuco. Os professores divulgaram fala que dizem que o estado grevista é apenas um alerta. Por enquanto.
Paralisação
Ainda em estado de greve, servidores municipais da Prefeitura de Salgueiro (PE), no Sertão Central, farão duas novas paralisações esta semana, cobrando da gestão reajuste salarial. Professores da rede municipal reivindicam os 14,95%, percentual estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) para o piso da categoria, e os demais servidores de nível superior pedem 5,93%. As paradas desta semana foram agendadas para quinta (15) e sexta-feira (16), dias em que não haverá aulas nas escolas e os serviços de saúde funcionarão com apenas 30% da capacidade. Na semana passada as duas paralisações do estado de greve ocorreram na segunda (5) e terça (6). Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Salgueiro (Sisemsal), que lidera o protesto, nesta sexta-feira também será realizada uma Assembleia Geral no auditório da instituição, no Monte Alegre. Na ocasião serão debatidos os próximos passos da manifestação.