O Dezembro Vermelho é um marco nacional na luta contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), em especial o HIV. A campanha é importante para conscientizar sobre a prevenção da infecção e para promover ações que garantam os direitos de auxílio medicamentoso e psicológico das pessoas infectadas, além de combater os preconceitos contra essas pessoas e os mitos, em torno das formas de transmissão. Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 400 mil casos de infecção por HIV foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2007 até junho de 2022, sendo diagnosticados 40.880 novos casos somente em 2021.O público jovem é o que tem a maior taxa de pessoas convivendo com o vírus.
Segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022, do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2021, mais de 52 mil pessoas, entre 15 e 24 anos, de ambos os sexos, evoluíram para Aids. “É importante que a gente consiga diferenciar as formas de apresentação dessa doença. Existem os indivíduos que têm infecção pelo HIV, que são aquelas pessoas que entraram em contato com o vírus, mas não adoeceram e não apresentaram qualquer alteração clínica relacionada à infecção. Existem também os indivíduos que desenvolveram a Aids com os sinais e sintomas por causa da infecção ou porque tiveram o que chamamos de infecção oportunista, que só acomete pessoas que têm uma perda da imunidade. Da infecção até a evolução para Aids, leva um tempo que pode variar bastante de acordo com cada indivíduo”, explica o médico Claudio Penido Campos Jr, infectologista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica.