A Era Tite chegou ao fim nesta sexta-feira de forma melancólica no Estádio da Educação. Primeiro técnico desde Telê Santana a comandar o Brasil em duas Copas do Mundo consecutivas, Adenor foi incapaz de levá-la além das quartas de final. Caiu contra a Bélgica nesta fase em 2018 e, agora, contra a Croácia nos pênaltis, Por 4 x 2 após empate por 1 x 1 na prorrogação, gols de Neymar, que igualou o recorde de 77 do Rei Pelé, e de Petkovic. A Seleção volta para casa e completará, em 2026, 24 anos de jejum desde a conquista do pentacampeonato, em 2002. Atuais vice-campeões, os croatas estão novamente entre os quatro melhores e tentarão disputar a final de novo na terça-feira, às 16h, no Estádio Icônico Lusail. O adversário será Holanda ou Argentina, que duelam neste momento. Tite havia avisado que deixaria o cargo independentemente do resultado após seis anos e meio de trabalho.
A Croácia tomou a iniciativa do jogo no estilo dela. Reivindicou a posse de bola e adiantou as linhas para ocupar o campo do Brasil. Modric, Juranovic e Pasalic triangulavam pela direita no setor ocupado pelo improvisado lateral-esquerdo Danilo. A estratégia era inverter a bola a fim de aproveitar a entrada de Perisic do lado contrário. Em uma das articulações, a bola passou com perigo na frente da pequena área de Alisson.
Tite posicionou Neymar aberto na meia esquerda para aproximá-lo de Vinícius Junior, mas o Brasil sentia muita dificuldade na construção. Justas, as linhas de defesa da Croácia não cediam os corredores aos pontas. As melhores tentativas foram de média distância com Danilo e Neymar. O camisa 10 também cobrou falta perigosa. A bola tocou na barreira e chegou amortecida às mãos do goleiro Livakovic. O Brasil seguiu para o intervalo sentindo falta de Raphinha e Paquetá e não conseguia fazer conexão com Richarlison.