Após a prisão, nesta sexta-feira (04), de Felipe Leal, 18 anos, acusado de matar o jogador Felipe Rocha, 19, na Avenida Adolfo Viana, em Juazeiro, Norte da Bahia, no último domingo (31), o PNB conversou com o pai do jovem assassinado com um disparo de arma de fogo.
Maurício Nunes agradeceu o trabalho das Polícias Civil e Militar, em Juazeiro, que em menos de uma semana após o crime, prenderam o acusado. O pai também falou que o sentimento da família é de “alívio”, mas que espera pela prisão do outro acusado de participar do assassinato.
“Eu gostaria agradecer e reconhecer todo trabalho das polícias que foi feito, inclusive, com muita inteligência da equipe da Polícia Civil, sob orientação do Delegado Bruno. Também quero agradecer todo o apoio da PM, do pessoal da investigação que faz o serviço de rua e colaborou também para levantar o paradeiro do elemento. Toda a família foi pega de surpresa com a prisão do acusado, porque demorou um pouco para sair o Mandado de Prisão dele. Mas é assim que tem que se trabalhar com inteligência. Tem que levantar os fatos e depois fazer um pedido à justiça sobre o Mandato de Prisão dele. Por isso, parabenizo mais uma vez o delegado pela inteligência dele. E a família está aliviada, o sentimento aqui da família é de alívio, mas ainda não de conforto, porque tem ainda o segundo elemento que participou do crime e esse segundo elemento está solto ainda”, disse Maurício.
O pai da vítima contesta a alegação de Felipe Leal que confessou o crime e disse que matou o jogador por legítima defesa.
” O depoimento dele está totalmente errado e mentiroso. Ele está acusando Felipe de ter agredido ele com garrafa, mas Felipe nunca foi violento, inclusive nem em campo, nem baba de várzea, nem em casa, e nem na escola. Com nenhum amigo Felipe nunca foi agressivo. Ele não era violento. Ele era guerreiro em campo e com a bola. Ele era um artista da bola. Então, esse fato dele ter dito que Felipe puxou uma garrafa para ele, é mentira. Está nas imagens que Felipe não foi agressivo com ele. Ele, simplesmente, aleatoriamente, quis matar um rapaz que estava próximo de Felipe e meu filho ficou imóvel, sem entender os motivos da agressão. Então é mentirosa essa fala dele, de que agiu em legítima defesa. Felipe era um menino franzino, baixinho, então não teria motivo para ele partir para cima de alguém que é maior que ele”, contestou o pai.
Numa demonstração de possuir espírito pacífico, apesar de ter perdido o filho para a violência, Maurício Nunes pediu o fim do desarmamento e alertou para a circulação de armas em Juazeiro.