O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, usou sua conta no Twitter na tarde deste domingo (04) para reagir à decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu a vigência da lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que concedeu piso salarial ao setor de enfermagem.
Também o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reagiu e disse que o piso da enfermagem é “medida justa” e promete “rápida solução”.
Lira fez questão de dizer que respeita as decisões judiciais mas não concordava oque chamou de mérito da decisão.
“Respeito as decisões judiciais, mas não concordo com o mérito em relação ao piso salarial dos enfermeiros. São profissionais que têm direito ao piso e podem contar comigo para continuarmos na luta pela manutenção do que foi decidido em plenário”.
A reação de Lira à decisão de Barroso não foi isolada. De setores à esquerda e à direita houve manifestações de desagrado com a posição liminar do ministro, que deve ir ao plenário do STF para confirmação.
O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB), fez postagem em sua conta no instagram lembrando que o piso foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Republica. FBC disse ainda que a Lei não pode ser revertida por decisão monocrática. “Uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República não pode ser revertida por decisão monocrática. Situações como esta colocam em risco os princípios da independência e da harmonia entre os poderes”, escreveu o senador.
O piso de R$ 4.750 para os enfermeiros, com 70% desse valor para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras, foi aprovado pelo Congresso e sancionado no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro.